Ipê Rejuvenecido

O ingresso de novos sócios baixou a média de iIdade do clube.

O maior patrimônio de um clube social é seu quadro associativo, constituído de pessoas que usufruem dos espaços e atividades oferecidas, criam as demandas para melhorias e investimentos e ainda estabelecem vínculos para tornar essa relação mais forte e longeva. O Ipê Clube, que em 2026 completará 80 anos de idade, tem essa premissa como uma das prioridades em sua gestão, construindo avanços significativos em sua infraestrutura e diversificando os serviços oferecidos a seus frequentadores, para garantir que sua história chegue muito mais longe. Tendo essa perspectiva de que o associado é um bem valiosíssimo para o clube, é importante conhecer o perfil dessas pessoas para atender suas expectativas cada vez mais exigentes. Na edição anterior da Revista Ipê, foi publicado que o clube tem 53% de homens e 47% mulheres, sendo praticamente meio a meio entre casados e solteiros e uma pequena parte de viúvos e divorciados. Isso não tem mudado muito ao longo do tempo, mas duas outras estatísticas estão mudando bastante nos últimos anos. Trata-se da idade dos associados ativos no clube e o tempo que se tornaram sócios do Ipê. Nestes quadros ao lado é possível ver essa mudança na participação de cada faixa etária, com o crescimento expressivo de crianças até 15 anos e associados entre 41 e 50 anos, grupo com o maior contingente de associados. É possível dizer, com base nesses números, que a média de idade dos associados foi rejuvenescida em 5 anos, saindo de 45 anos em 2014 para 40 anos em 2024. Observando os mesmos dados, desta vez apenas das 1.256 pessoas que entraram no clube nos dois últimos anos, a média cai para 30 anos, ou seja, 10 anos a menos do que a média geral do clube. Importante destacar que nesse período foram 507 o número de crianças, com até 10 anos de idade, que passou a frequentar o clube, o que representa 40% do público.

Outro dado interessante de ser analisado, é o aumento da participação dos associados com até 2 anos no clube, o que representa justamente essa renovação do quadro associativo. Em 2014, a representatividade do grupo com até 2 anos era de 16% e saltou para 21% em 2024. Se for considerado o grupo com menos de 5 anos no Ipê, ele sai de 39% para 45%. Por outro lado, observa-se também um crescimento do número de pessoas que estão no clube há mais de 40 anos, o que significa que há uma retenção maior de associados, visto que em 2014 eram pouco mais de 5 mil pessoas e atualmente esse contingente chega a 6 mil associados, ou seja, um incremento de 20% no quadro de sócios ativos.

Quem são esses sócios novos?

Nas representações anteriores foram apresentados dados sobre essa movimentação do quadro social e isso é extremamente importante para traçar um planejamento para atender as demandas, tanto daquelas pessoas que recém ingressaram no Ipê, como também para os associados que já frequentam há mais tempo, e têm uma relação com o clube em um patamar diferente dos demais. Conforme foi visto anteriormente, as duas faixas etárias que mais cresceram nos últimos anos foram a de pessoas entre 41 e 50 anos e as crianças até 10 anos de idade. Isso já indica que as famílias têm sido a maioria daqueles que procuraram o clube para seu próprio lazer e proporcionar a seus filhos a oportunidade de praticar atividades esportivas e culturais, além claro do enorme espaço para brincar e fazer novos amigos.

A família de Paula (44) e Antonio Márcio Garcia Luz (44) se associou ao Ipê em dezembro de 2022 e veio motivada por uma indicação de amigos do prédio onde moram e da escola da Carolina (6), sua filha, que entrou para o clube junto com eles. “A nossa intenção era colocar esporte em nossas vidas, dando a oportunidade para nossa filha ter um espaço aberto, com atividades, esporte e um espaço para encontro com amigos” conta Paula que hoje vem ao clube jogar beach tennis e na academia. Seu marido faz aula de tênis e a Carolina entrou na patinação, tênis e ainda faz ginástica artística duas vezes por semana. “Todo final de semana, praticamente, vamos ao clube jogar tênis com nossa filha e beach tênis com grandes amigos. O clube atende positivamente nossas expectativas”. Mesmo satisfeita com que vem vivenciando atualmente no Ipê, Paula acha que o clube poderia resolver a questão do estacionamento, demanda comum de muitos associados, e melhorar a oferta que tem dos restaurantes. Ela também faz questão de pontuar um aspecto muito relevante do clube. “Os funcionários são extremamente educados, desde a recepção, portaria, café, manutenção, limpeza e professores. Sou muito fã!!!!”, finaliza Paula.

Cristina Figueiredo Cardoso Soares (42), ficou sócia do Ipê em 2022, junto com seu marido, Tarcísio Maia (50), e a filha Malu (12). “O avô do meu marido, mãe e tios foram sócios na década de 1960, e ele também chegou a frequentar o clube na infância. Mesmo tendo deixado de ser associado por muito tempo, sempre manteve uma forte ligação com o Ipê. Nós gostamos muito de praticar esportes e decidimos ingressar para o clube devido à grande diversidade esportiva”, comenta Kika, como é mais conhecida. Além do fato de encontrar várias modalidades à disposição, a infraestrutura e o ambiente familiar foram fundamentais para essa decisão. “Nós estamos sempre aqui e o clube atende muito as nossas expectativas, nós adoramos o Ipê”.

Morador do bairro de Moema, Eduardo Rodrigues da Silva (63), entrou agora em 2024 para jogar tênis e começar aos poucos na natação. “Eu conheço o Ipê há muitos anos e antes frequentava o Clube Sírio, mas decidi vir para cá pois tenho familiares e amigos que são sócios do Ipê”. Além disso, o ambiente familiar, o custo-benefício bem interessante e a preocupação do clube com melhorias constantes vêm confirmando que a escolha por se tornar associado foi acertada e vem atendendo sua expectativa. “Por enquanto só entrei eu, mas minha esposa e filho de vez em quando vêm almoçar comigo aqui”.

O crescimento do número de crianças no Ipê é bastante perceptível e isso se comprova não apenas na movimentação por todas as áreas do clube, especialmente aos finais de semana, como também nas diversas atividades que estão disponíveis para esse público até 10 anos de idade. Felipe Bernardo, coordenador de esportes do Ipê comenta que o departamento teve que reestruturar diversos setores para poder atender o aumento desse público no clube. “Tivemos um crescimento expressivo no número de crianças inscritas de um ano para o outro e por isso foi preciso fazer diversas adaptações nas aulas, abrir novas turmas, contratar mais professores e atuar fortemente para reduzir as filas de espera em algumas atividades de maior demanda”. No quadro ao lado é possível ver o número de crianças atendidas nas aulas dirigidas.

Compartilhe