Presença Feminina
As mulheres são em menor número, mas utilizam o clube com mais frequência.
Quem circula no Ipê no dia a dia, tem visto um movimento cada vez maior de pessoas nas diversas atividades esportivas, sociais e culturais oferecidas aos associados. Esse fato pode ser explicado por alguns fatores, como a mudança no perfil do público, aumento na frequência diária, o tempo que as pessoas ficam no clube, a oferta de novas modalidades e a melhoria nas instalações, que certamente atraem cada vez mais praticantes. Outra mudança percebida nos últimos anos, foi uma participação feminina mais presente em quase todas as áreas, e isso acaba por se refletir nas estatísticas que são utilizadas para o planejamento e gestão das atividades do Ipê.
Atualmente, o quadro associativo do clube é composto por 53% de homens e 47% de mulheres, e isso não tem grandes variações ao longo do tempo. No entanto, em 2021 a frequência masculina era muito maior, mas essa proporção foi se alterando para que em 2024 essa divisão estivesse quase que meio a meio.
Esse movimento também pode ser identificado, de forma ainda mais evidente, observando os agendamentos de atividades, que mostram as mulheres mais ativas em quase todas as modalidades. No primeiro semestre deste ano, por exemplo, foram mais de 280 mil agendamentos na plataforma e mais da metade foram de mulheres. Nas modalidades mais procuradas pelos associados, como o beach tennis, fica evidente esse movimento. De janeiro a junho foram 12.099 agendamentos e 60% foram feitos pelas ipeanas. No Pilates, elas representaram 76% dos mais de 9 mil registros. Já no tênis, a situação é um pouco diferente, mas há um dado bem representativo. Ao todo foram mais de 30 mil agendamentos realizados por 860 associados. Desse contingente, 556 são mulheres e 304 homens. Se por um lado elas são em maior número, o número médio de agendamentos dos tenistas ipeanos é bem superior.
Para personificar esse perfil feminino, foram convidadas três associadas para ilustrar o que está sendo apresentado nesta matéria, a partir de um levantamento dos associados mais frequentes no agendamento de atividades. Não foi surpresa identificar que, das 10 pessoas mais ativas nesse quesito, 7 são mulheres.
A Adriana do Carmo Trompieri faz aula e joga beach tennis e tênis, e ainda frequenta a academia e spinning. Ela é sócia do Ipê desde 2013 e adora vir ao clube para praticar seus esportes favoritos e ainda conviver com muitos amigos que fez nesse período. “É muito bom ver todo esse movimento das mulheres no Ipê e isso é reflexo da nossa sociedade e mostra um crescimento feminino em diversas situações”.
Assim como a Adriana, a Rafaela Ribeiro da Cunha também joga beach tennis, mas é muito mais frequente no tênis. Além disso, ela ainda vai na Academia, faz pilates e aulas de ginástica fitness. “Quando me tornei sócia, em 2003, tinha indicação de cirurgia de hérnia de disco, mas a professora Graciela me disse que o pilates me ajudaria. O resultado foi que não precisei operar e continuo fazendo pilates terapêutico com ela e com a professora Fernanda duas vezes por semana! AMO!”. A Rafaela também já atuou no clube como subdiretora do Tênis e colaborou para o aumento do número de mulheres na modalidade, organizando torneios voltados para esse público e promovendo a integração entre as associadas. Além disso, também já fez palestras dentro de sua área de atuação profissional, a Neuropsicologia.
Compondo esse trio de ipeanas que são muito assíduas no clube, a Virginia Lucia Campos Mendonça é fotógrafa e sócia desde 2008. O que essas três personagens têm em comum pode ajudar a compreender o poder do esporte para agregar pessoas e promover o bem-estar coletivo. Todas elas têm o tênis e o beach tennis como seus esportes favoritos e é o principal atrativo de trazê-las ao Ipê quase que diariamente. “Eu acredito que as mulheres estão ficando cada vez mais independentes e empoderadas. Nós mulheres acreditamos que podemos fazer o que quisermos, e o motivo principal é a sede de conhecimento, de curiosidade e de estudo para se aperfeiçoar em várias áreas”.
Para completar esse ciclo, é preciso ressaltar o trabalho da Regina Falsetti Pereira Joaquim, que desde 2021 vem conduzindo a diretoria de esportes para alcançar esses números bastante significativos. “Quero compartilhar da alegria de ver esse movimento ganhando essa importância e a possibilidade de oferecer cada vez mais opções para as associadas”. Um exemplo de muito êxito dentro dessa perspectiva, é a chegada do beach tennis no Ipê, que começou timidamente com apenas uma quadra e hoje já conta com mais espaço para atender quase mil pessoas. “O Ipê acompanhou a explosão dessa modalidade que caiu no gosto de muitas mulheres e certamente atraiu muitas novas praticantes para o clube”, complementa Regina.
O Ipê Clube oferece a seus associados um total de 86 opções para a prática esportiva e atividades culturais, entre aulas, oficinas e esportes para livre agendamento por meio do aplicativo. Deste total, 50 são aulas com orientação de professores para alunos de todas as faixas etárias. O contingente de mulheres e meninas é maioria com 55% de todos os inscritos nas modalidades. Nas atividades culturais, que incluem aulas de música, teatro (adulto e infantil), brinquedoteca e oficinas, o percentual de associadas é de 58%. Mesmo no agendamento livre das atividades de maior procura e outras como futevôlei, vôlei de praia, piscina aquecida, hidroginástica e assim por diante, as mulheres não são maioria ainda, mas estão quase lá com 49% de participação.
Com base nessas informações valiosas, fica claro que todo esse movimento não é algo fora do contexto ou passageiro. Trata-se de uma tendência irreversível que está sendo vivenciada em vários setores da sociedade e é preciso que as instituições estejam preparadas para atender essa demanda cada vez mais exigente. “Promover cursos em diferentes áreas e incentivar sócias que tenham interesse em realizar palestras falando da sua área profissional” é uma ideia que a Virgínia coloca ao clube. A Rafaela acha que o clube, e seus dirigentes, precisam exercer a escuta ativa. “As mulheres têm sempre sugestões assertivas e críticas construtivas! Realizar eventos voltados a nós, mulheres, também seria uma forma de fidelizar ainda mais o clube como nossa segunda casa!”, sugestão também compactuada pela Adriana que manifesta seu interesse por esse tipo de confraternização.
Perfil dos Associados
O perfil dos associados do Ipê Clube é bastante equilibrado em sua composição entre homens e mulheres, com uma ligeira vantagem para o sexo masculino. O estado civil do da grande maioria das pessoas é dividido entre casados e solteiros, e o número de viúvos e divorciados é bem pequeno. A faixa etária das pessoas entre 41 e 50 anos é a maior com quase 25% do total e as crianças e adolescentes representam um terço de todo o público. Essa configuração tem se mantido desta forma há algum tempo, no entanto os quesitos, tempo de clube e frequência no dia a dia, tiveram uma mudança importante nos últimos tempos. Esse fenômeno vem acontecendo desde 2020, quando o clube, assim como outras agremiações similares, teve uma evasão de associados durante a fase mais crítica da pandemia. Esse movimento foi revertido de forma significativa, já nos anos seguintes, com o aumento substancial de procura para ingresso no quadro associativo, conforme ilustrado nos infográficos apresentados.